Rhéu - O Tombo
Participação
Especial: Marcos (Vate Cabal)
Aqui tombou um homem que lutou pelos seus sonhos (2x)
Seu
João nordestino lutador desde menino
Conviveu
com a seca viu em São Paulo
o seu destino
Nas
dificuldades rindo, no trabalho constantemente
Não
queria no futuro a vida de antigamente
Longe
dos parentes,construiu uma família
Ele a
mulher três filhos e uma filha
Cortava
cana todo dia, no interior
Mais
queria vê seus filhos com ensino superior
Advogado
doutor, longe do canavial
Ajuntou
dinheiro e mudou se pra capital
Um
sonho real, grandes edifícios
Lugar
movimentado um quarto no cortiço
Cotidiano
difícil, servente de pedreiro
Sua
mulher lavava roupa pra ajudar no orçamento
Seus
filhos crescendo, nem ai pra escola
Boteco,
balada, tretas e drogas
Aqui tombou um homem que lutou pelos seus sonhos
E o vento soprou em outra direção
E o vento soprou, soprou em outra direção.
Seu
João ainda firme insistia em vencer
Com
tanta gente feliz também queria ser
Viu
dois filhos morrer, sem nenhuma explicação
Disse
que naquele dia se sentiu sem coração
Pra
Deus pediu perdão, por ele e por seus filhos
Lágrimas
caiu dos olhos de quem vivia sorrindo
Lembrou
de quando era menino, tudo que fez de errado
Diz
que agora em São Paulo
paga por seus pecados
Ouviu
que aqui em baixo, era tudo diferente
Praia
sol porto e mar menos corrido menas gente
Trampo
de servente, um quarto num cortiço
Viu a
mesma cena tudo se repetindo
Queria
vê seu filho um homem trabalhador
Que
fosse honesto, mas o crack não deixou
Novamente
ele chorou, e perguntou pra Deus
Com
tanta gente ruim no mundo porque um dos seus
Aqui tombou um homem que lutou pelos seus sonhos
E o vento soprou em outra direção
E o vento soprou, soprou em outra direção.
Seu João filho de Deus escondeu o seu sorriso
Anda
meio cabisbaixo triste e abatido
Coração
ferido, com a fé a prova
Segui
ele a mulher e a filha mais nova
Nada
de escola louca baladeira
Vários
amores agora mãe solteira
Seu
João com quais sessenta, já não sabia o que fazer
Saiu
de repente sem ninguém perceber
Talvez
pra espairecer, por a mente no lugar
Mais
um ataque cardíaco não lhe deixou voltar
Morreu
em frente ao mar vendo sua vida passar
Sonhou
com tanta coisa e nada viu realizar
Pensou
em regressar e tentar tudo de novo
Antes
a seca do nordeste do que seus filhos morto
A
vida se vai como um sopro sei lá vai entender
A
gente nasce cresce e morre quem vai explicar o quê.
Aqui tombou um homem que lutou pelos seus sonhos
E o vento soprou em outra direção
E o vento soprou, soprou em outra direção.
E o vento soprou em outra direção
E o vento soprou, soprou em outra direção.
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